Eu sou feminista e sempre creditei à mulher o direito inalienável de fazer suas escolhas reprodutivas. Se, quando, como, onde e com quem quer ter filhos.
E ao contrário do que preconizam algumas pessoas, essas escolhas não valem somente para a clientela privada, devem existir em todo o âmbito do Sistema Único de Saúde.
Porém, o que não entendo de forma alguma é que uma mulher que faz uma escolha livre, consciente, informada, fique de mimimi se dizendo vítima de preconceito ou bullying, especialmente se ela está dentro do setor privado onde 90% dos partos são por cesariana. Onde ninguém obriga ninguém a ter um parto normal. Marcar uma cesárea é tão fácil como ir ali na esquina comprar pão.
Por que será que a voz de 10% das mulheres que conseguiram um parto normal (e dai eu digo, na maior parte dos casos terá sido uma via Crucis porque não é fácil parir nesse sistema louco, nesse modelo perverso que se construiu no País) incomoda tanto?
Bullying? Faz favor. Não contam com a minha simpatia, que está toda-toda com aquelas que estão batalhando por um parto normal.
Por que há tanta solidariedade com a mulher que quer uma cesárea e tão pouca com aquela que quer um parto normal? Porque entendam, senhores, essa mulher existe e as pesquisas ainda indicam que a maioria das brasileiras prefere o parto normal... e a maior parte delas não consegue.
Nesse contexto, falar em "ditadura do parto normal" é um abuso.
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