O parto humanizado não é uma técnica de parto. Não é o mesmo que parto domiciliar, e também não é o mesmo que parto natural. Independente do local ou das intervenções, o parto pode ser humanizado. Assim como pode haver parto em casa ou parto natural que não é humanizado.
“O parto humanizado é um conceito, onde o tempo do bebê e os desejos da mulher são ouvidos e respeitados.”
E no caso de algum desejo da mulher não poder ser atendido, os profissionais que estão assistindo-a irão explicar o porquê, qual intervenção é necessária e ela dará seu consentimento. Portanto, incentivar que a gestante/casal elaborem um plano de parto e compartilhem com as pessoas e/ou instituições que irão prestar assistência ao parto e nascimento desse casal deveria ser indiscutível e imprescindível para instituições/profissionais que dizem prestar assistência humanizada.
O parto humanizado pode acontecer em um hospital, casa de parto ou na casa da parturiente, com equipe que assista a mulher com base em evidências científicas, sem terrorismos desnecessários. (o grifo é meu)
O parto humanizado pode ser natural ou pode precisar de intervenções, a pedido da mulher (como a analgesia por exemplo) ou por indicação do profissional que está assistindo ao parto.
Sendo assim, podemos dizer que a humanização do parto e nascimento tem como base três pilares:
1) respeito à autonomia e protagonismo da mulher durante o processo da gestação, parto e pós-parto, com foco na fisiologia destes processos individualizando o olhar para cada binômio.
2) respaldo das condutas obstétricas e neonatais em evidências científicas recentes e de qualidade.
3) assistência multiprofissional e integral à gestante, parturiente, puérpera e bebê. Não há como humanizar realmente uma assistência quando o cuidado é prestado por apenas um profissional. Portanto a inserção de profissionais com olhares diferentes no cenário da assistência obstétrica e neonatal é imprescindível quando se deseja prestar um modelo humanista de atendimento.
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