Acontecendo agora a ultima palestra desse ano, que contou com a presença ilustre de duas ex-gestantes que compartilharam suas experiências com o parto natural.
Parabéns a mamãe Denyse e ao papai André pela chegada da Laura, muita felicidade para essa nova família. #VisitasIlustres
A linda Luara que nasceu com 3.750 kg e 53cm, parabéns e muitas felicidades!
O termo refluxo gastroesofágico (RGE) designa a passagem de uma parte do conteúdo gástrico através da cárdia para o esôfago. Os elementos agressivos do conteúdo gástrico para a mucosa esofagiana são principalmente o ácido e a pepsina.
Um trabalho recente mostra que um RGE descoberto na infância é um fator de risco para a persistência do mesmo na adolescência e no adulto jovem. Assim, no adulto, é uma patologia extremamente frequente variando de 20 a 40% trazendo a pirose como sinal revelador (MOLKHOU, 2005).
Os mecanismos fisiopatológicos do RGE são multifatoriais: A incompetência da barreira anti-refluxo; a agressividade do líquido gástrico e a alteração da troca gástrica O primeiro elemento está representado pelo tônus permanente do SIO ( zona esfincteriana do músculo liso do esôfago), que é capaz de impedir o RGE, sob um fenômeno de relaxamento fisiológico no momento da deglutição para deixar passar o bolo alimentar. Assim, o refluxo ocorre quando esse relaxamento (hipotonia) transitório ocorre frequentemente e independentemente da deglutição. Esta incompetência do SIO pode ser consequência de uma imaturidade no caso do prematuro, do recém-nascido e do bebê ou de alterações no contexto anatômico, como nas más-formações cardiotuberositárias nas hérnias hiatais.
O segundo elemento deficitário corresponde à agressividade do líquido gástrico e os efeitos nocivos ácido-pepitídicos do refluxo, que a “clairance” esofagiana não pode neutralizar. Estes são ainda mais graves quando o refluxo se produz durante o sono, pois abole o peristaltismo e a deglutição. E o terceiro elemento está relacionado com as disfunções da troca gástrica, aumentando o gradiente de pressão gastro-esofagiana e estimulando os mecanorrecepetores que acionam o relaxamento transitório do SIO.
Busquet- Vanderheyden (2008) relaciona o RGE nos bebês com posturas de estiramento durante o parto. Refere que no momento do parto o bebê fica em lordose, colocando em alongamento todo o plano anterior do tronco ( cadeia de flexão, cadeia visceral e eixo esofágico). O esôfago se insere no nível da base do crânio, da garganta e mergulha no mediastino para atravessar o diafragma no nível do orifício esofágico. Durante o nascimento a hiperextensão provoca alongamento do eixo digestivo, implicando tensão importante do esôfago para o alto. Nessa situação, a primeira inspiração seguida do primeiro choro aciona um trabalho importante do diafragma que se abaixa bruscamente. Essas tensões podem gerar espasmos ou lesões no nível do orifício esofágico e instalar aderências e possível refluxo adicional.
O RGE pode ter aspectos diferentes em função da idade e dos mecanismos fisiopatológicos. A diferença entre o refluxo fisiológico (regurgitação) e do refluxo patológico no jovem lactente é difícil de delimitar. Mas consideramos patológico quando a frequência é maior, de forma mais severa e quando acontece em outros momentos além do período pós-prandial provocando sintomas.
No período neonatal, o RGE pode estar acompanhado da apnéia. O vômito é o sintoma mais frequente (¾ dos casos) acompanhado de problemas de comportamento (choros inconsoláveis), alimentar e/ou de deglutição e de problemas de sono.
Busquet (2009) refere que o neonato naturalmente chora quando tem fome. Após saciar a fome, ele adormece. Caso contrário, ele chora porque sua digestão é difícil ou porque ele sente tensões torácicas ou abdominais. Se a sua digestão for impossível, os espasmos do diafragma facilitam a regurgitação e o liberam dessas tensões. O exame da base do crânio e do forame jugular pelo qual transita o nervo craniano X, assim como o exame do diafragma e da cadeia visceral, nos fornece pistas concretas do tratamento. A criança acalma-se na posição fetal, nos braços, deitada sobre o ventre. Ao contrário ela grita em decúbito dorsal, sob o efeito da tensão da cadeia visceral.
Na literatura especializada, os refluxos gastroesofágicos, são associados com frequência a torcicolos. Se um bebê sofre torcicolo, isso pode ser resultado do alongamento das estruturas musculares de sua região occipital. Reagindo as informações nociceptivas provocadas por esse alongamento, o recém-nascido adota uma postura de enrolamento em volta da zona dolorosa. Como o nervo frênico se situa na região das estruturas alongadas, ele sofre essas tensões o que torna o deslizamento tissular e a drenagem vascular difíceis. Essa disfunção influencia na fisiologia do orifício esofágico e pode provocar refluxo gastroesofágico ( BUSQUET- VANDERHEYDEN, 2008).
Os sintomas e complicações do RGE são: Azia, dores epigástricas e retroesternais, eructações, abdômen distendido após as refeições e disfagia( sintoma de esofagite) e dores abdominais.Podem ocorrer também manifestações extra-disgestivas. Entre elas as otorrinolaringológicas como: voz rouca, faringite, dor a deglutição, otites e sinusites. As lesões dentárias são igualmente resultado de RGE supra-glótico oral, promovendo erosão no nível dos incisivos e dos pré-molares. As manifestações respiratórias frequentes são: apnéias, bronquites obstrutivas e principalmente a asma.
Pesquisas recentes relacionam as alergias cutâneas (urticária e dermatite atópica) e alergias alimentares com a presença de RGE. Esta última, considerada uma disfunção secundária de uma intolerância proteica alimentar, associado principalmente ao consumo do leite da vaca. E neste caso, é muito importante identificá-la no momento da escolha terapêutica.
O diagnóstico do refluxo pode ser feito de varias formas: endoscopia, ph- metria, manometria. Mas existe um novo método que permite diagnosticar o refluxo não ácido, é a medida da impedância elétrica endolumial, que abre novas perspectivas para o domínio da fisiopatologia do RGE, pois o refluxo em função do conteúdo gástrico pode ser acido ou não, ou ainda conter ar.
O RGE na criança não é um diagnóstico, mas sim um sintoma que necessita de numerosas investigações para aderir um tratamento eficaz. Recentemente a Equipe de Sifrim (Bélgica) estuda um medicamento que reduz o número de relaxamentos transitórios do SIO, restabelecendo seu tônus, tanto no refluxo ácido quanto nos não ácidos. Além disso, existe o tratamento medicamentoso clássico e o tratamento cirúrgico (técnica de Nissen).
No bebê o tratamento consiste: instaurar a posição dorsal e evitar excesso de alimentação; eliminar os sucos de frutas ácidos e bebidas gasosas e associar medicamento pró-cinetico.
Segundo Busquet- Vanderheyden (2008), o tratamento das cadeias fisiológicas é extremamente indicado se o problema visceral for originário de compressões e/ ou de alongamentos. E é evidente que não terá resultado quando os problemas forem por imaturidade da mucosa digestiva, intolerância alimentar e patologia específica.
Merielen Machado
Professora Assistente da Formação Busque
A violência obstétrica é um fantasma na vida de muitas mulheres: segundo um estudo realizado pela Pública, uma em cada quatro brasileiras já sofreu com esse tipo de agressão. A violência não é só o ato físico. A verbal pode ser grave e deixa marcas. Muitas mães não denunciam ou até acham que abusos e agressões são normais.
Uma enfermeira que trabalha em Foz do Iguaçu conta que os profissionais que trabalham no centro obstétrico comentam sobre a “fama” dos médicos. “As médicas mulheres são as mais estúpidas. Os obstetras são mais atenciosos e cuidadosos, mas também cometem alguns equívocos. Muita gente não está preparada para lidar com essas pessoas passando por esse tipo de dor, fazem o procedimento correto mas não sabem como tratar a gestante”.
Há números e casos que comprovam toda essa situação: de seis entrevistadas, apenas uma não sofreu nenhum tipo de agressão. Acompanhe três dos casos mais marcantes.
Três gestações, três traumas
L.V realizou três partos normais por plano de saúde. Teve problemas para engravidar na primeira gestação, e escutou de sua ginecologista que se engravidasse perderia seu filho ou morreria. Em sua segunda gravidez, aguentou os tons de deboche de uma auxiliar de enfermagem. “Imagina quando estiver na hora do parto” foi o que ouviu quando estava com a cabeça de sua filha coroando. Mas foi seu terceiro parto que a deixou marcada físico e psicologicamente.
“Quando cheguei no hospital, me perguntaram se queria ligar para o meu médico. Avisaram que ele demoraria três horas para chegar. Como estava com contrações fortes, preferi a médica que estava de plantão. Ela também queria fazer meu parto em seu plantão, pois ganharia mais com isso. Para forçar meu bebê a nascer, ela enfiou o fórceps várias vezes seguidas. Após minha segunda filha nascer, tive meu útero retirado do meu corpo, costurado e colocado de volta, para conter uma hemorragia devido aos inúmeros cortes. Quando meu médico soube do que aconteceu, deu socos na mesa do seu consultório. Na semana seguinte, ela foi denunciada ao Conselho Regional de Medicina e foi mandada embora do hospital em que fui atendida.”
Quartos coletivos do SUS
C.B é mãe de duas meninas, uma com 11 e outra com 13. Ambos os partos (cesáreas) foram realizados pelo Sistema Único de Saúde. No texto a seguir, ela conta como foi o parto da sua primeira filha.
“Tive um trabalho de parto normal, de 12 horas seguidas. Eu havia ido ao hospital duas vezes no mesmo dia, o médico fez o toque e não havia dilatação. Na terceira vez que eu fui ele concordou em fazer cesárea, porque o trabalho de parto já tava demorando muito tempo. A parte clínica foi tranquila, a equipe era completa. O problema todo começou depois da cirurgia. Te mandam pra uma sala de recuperação da anestesia, e quando dá aproximadamente três horas, que é o tempo de recuperação da anestesia, a enfermeira só verifica se você tem sensibilidade nos pés e daí você já sai da sala direto pro quarto.Você passa em frente ao berçário, as suas pernas ainda estão abertas (meio anestesiadas) e colocam o neném no meio. Aí os enfermeiros me tiraram da maca e colocaram na cama, sem dar as 12 horas que o médico recomenda. E dali você tem que se virar e contar muitas vezes com a solidariedade das pessoas, porque no SUS os quartos são coletivos, então tinha uma moça que havia tido parto normal e me auxiliou: eu dava de mamar pra minha de um lado, e quando eu precisava trocar, ela que também havia tido uma filha, de parto normal, levantava da cama dela e trocava a neném de lado pra mim. Até mesmo me virar, era muito dolorido, muito difícil. Eu senti nos meus dois pós-partos um desespero muito grande, talvez por causa da anestesia.”
Me esqueceram
Daiana F. Martins passou 24h em trabalho de parto. Ficou sozinha no quarto com outras mães, sem direito a acompanhante. Foi esquecida na ducha pela enfermeira durante 2h, e só saiu de lá porque outra gestante que estava em pré-parto lhe ajudou. Quando já estava em trabalho de parto, pediu ajuda às auxiliares de enfermagem que estavam jogando baralho em uma mesa ao seu lado. Foi acusada de tumultuar e assustar as outras mães que estavam com ela. Quando o médico finalmente veio e foi examiná-la viu que o neném já estava coroando. Para levantar da maca, ela tentou apoiar em uma das auxiliares e escutou dela um “não me encosta”. Confira a história completa no link: http://goo.gl/kezX6n
Leis
Em junho de 2000, foi estabelecida a Portaria n.º 569 que diz que “o acesso das gestantes e recém-nascidos a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto, puerpério e período neonatal são direitos inalienáveis da cidadania”
Em 2005, entrou em vigor a lei n° 11.108, que obriga os sistemas de saúde (privados e SUS) a permitir a presença de um acompanhante (indicado pela parturiente) durante o trabalho de parto, no parto ou pós parto.
Cesariana
A cesárea é um procedimento mais rápido e mais rentável que o parto normal para o profissional que realizará o procedimento. A imposição da cesariana tem sido encarada como uma forma de violência. O risco de morrer durante a operação é quase quatro vezes maior que no parto normal. O Brasil é o campeão mundial nesse tipo de cirurgia (52%).
Muitos médicos manipulam e incentivam as gestantes a fazer este procedimento no pré-natal. Conselhos de saúde e estudiosos chamam a atenção para o fato de que o feto não possui “hora marcada” para nascer. O corpo da mulher dá os sinais com contrações e o rompimento da bolsa, por isso, a cesariana deveria ser uma medida de emergência e não um método usual.
Parto humanizado
A Rede Humaniza SUS (RHS) é uma rede social para pessoas que estão interessadas em humanizar a gestão e o cuidado no Sistema Único de Saúde. Em 2001, surgiu o PNHAH (Programa Nacional de Humanização do Atendimento Hospitalar) que, em 2003, virou a PNH (Política Nacional de Humanização). Esta política incentiva e instrui seus profissionais para que eles possam atender os pacientes com qualidade e respeito.
Assim como outros procedimentos, há o parto humanizado. Nele, as gestantes são as protagonistas: escolhem a posição que desejam ter seu filho e têm direito assegurado a um acompanhante em todas as fases (pré parto, parto e pós parto). Esta ação visa garantir que a mulher não tenha seus direitos (estabelecidos na Portaria n.º 569) violados no sistema público de saúde.
O que elas escutam
Foi realizada uma pesquisa pela Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo com gestantes que realizaram seus partos em rede pública. As frases mais ouvidas durante o parto foram:
Fonte: http://goo.gl/BwaMS6
Hérica e sua Luiza, lindas!!
Nasceu hoje as 16:47h, Noah, filho de Aline e Douglas, com 3155g e 49cm, super espertinho! Parabéns, que Jesus abençoe essa família!!!
Nasceu agora pouco por volta do meio-dia o Daniel, filho Katyanne Pereira Pantoja e Alessandro Farias Pantoja, com 4525g e 52cm, lindo demais, criado...rs Parabéns meus queridos, vcs formam uma família linda e especial, que Jesus os abençoe!! Bj
Pioneira no Tocantins, a FISIOPALMAS, iniciou suas atividades na nova capital no início de1993. Leia mais...
O Nucleo Gestar Feliz é composto de uma equipe interdisciplinar que tem como objetivo incentivar e apoiar a gravidez e parto consciente. Leia mais...
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